Pesquisa foi realizada pela Abradi (Associação Brasileira de Agentes Digitais), em parceria com Nielsen
As redes sociais consolidaram-se como canal quase obrigatório, sendo utilizadas por por nove em cada dez agências digitais brasileiras de pequeno porte em suas campanhas publicitárias.
Os dados fazem parte da pesquisa “Publicidade Digital em Pequenas Agências: investimentos, canais e mensuração”, realizada pela Associação Brasileira de Agentes Digitais (Abradi), em parceria com a Nielsen.
O estudo ouviu 101 profissionais entre abril e junho deste ano. A amostra retrata o ecossistema digital fora dos grandes centros, explorando tendências, desafios e oportunidades do setor em um momento de transformações aceleradas.
A pesquisa indica que as redes sociais são amplamente utilizadas em todas as etapas do funil de vendas — desde o topo (conhecimento de marca) até o fundo (conversão). Quarenta por cento dos respondentes pretendem aumentar o orçamento destinado a essas plataformas em 2025.
“As redes sociais se tornaram o epicentro da comunicação digital porque conseguem acompanhar o consumidor em toda sua jornada de compra”, afirma Carlos Paulo Jr., presidente da Abradi. “Com as integrações entre plataformas sociais e e-commerces, como o TikTok Shop, estamos vendo uma revolução na forma como as marcas se conectam com seus públicos.”
Concentração em canais digitais
A pesquisa revela que os canais digitais dominam completamente os planos de mídia das pequenas agências. Além das redes sociais, os cinco canais digitais mais utilizados são: search (busca), website da marca, YouTube e portais online.
Quase metade dos respondentes utiliza pelo menos quatro canais diferentes em suas campanhas. O search se destaca particularmente no fundo do funil, sendo usado por 61% das pequenas agências nessa etapa, enquanto YouTube e redes sociais mantêm presença forte em todo o funil.
Em contrapartida, os canais tradicionais perderam relevância para essa audiência. Quando utilizados, servem principalmente para campanhas focadas em conhecimento de marca. A TV, por exemplo, é usada por apenas 21% das agências entrevistadas no topo do funil e praticamente desaparece nas etapas de conversão.
Investimentos cautelosos
A pesquisa aponta uma “onda moderada” nos aportes publicitários, com estabilidade geral e aumentos tímidos de até 25% concentrados nos canais digitais. Entre as agências ouvidas que pretendem reduzir gastos, os cortes podem chegar a 50% do orçamento.
Apesar da cautela, mais de um terço dos respondentes planeja aumentar investimentos em redes sociais (40%), search (38%) e YouTube (35%), canais que acompanham toda a jornada do consumidor.
Novos canais enfrentam resistência
O estudo mostrou que plataformas emergentes como streaming, CTV (Connected TV) e retail media enfrentam baixa adesão. Aproximadamente um terço dos entrevistados não investe ou pretende diminuir recursos nesses canais.