Criada em 2010, plataforma já ultrapassa 3 bilhões de usuários mensais e impulsiona creator economy
Nesta semana, o Instagram completou 15 anos no ar. A princípio como um canal de comunidade, evoluiu para um verdadeiro ecossistema de conteúdo e negócios.
A rede social comemora o aniversário com um marco: ultrapassou 3 bilhões de usuários mensais, segundo dados da Meta. A fim de comparação, a margem de usuários mensais há dez anos, entre 2014 e 2016, era de 300 milhões de pessoas.
Criado em 2010, a plataforma nasceu como um aplicativo de fotos quadradas, mas não fugiu do apelo comercial e da tendência de vídeos curtos. Inclusive, de acordo com a empresa, os Reels já representam cerca de 50% do tempo gasto no app e somam mais de 4,5 bilhões de compartilhamentos diários.
O sucesso do recurso não é uma surpresa. Ao longo de sua trajetória, o Instagram alcançou concorrentes como Snapchat, com o lançamento dos Stories e DMs, Tiktok, apostando nos vídeos curtos e verticais, com o lançamento do Reels e X (ex-Twitter) com o Threads.
Cada uma dessas atualizações são reflexos, e refletem, as mudanças no consumo de conteúdo, moldando até mesmo a forma de se criar conexões.
Creator Economy
Inevitavelmente, essa evolução do aplicativo impulsionou a profissionalização da Creator Economy, que hoje movimenta centenas de bilhões de dólares no mundo todo.
Para o especialista Victor Cabral, fundador da CEEX (Creator Economy Experience), o Instagram foi o grande ponto de partida dessa transformação. “O Instagram foi o precursor da creator economy moderna. Ele transformou a ideia de influência em um ativo econômico. Foi onde o post virou profissão, a audiência virou ativo e a autenticidade passou a ter valor de mercado”, afirma.
Cabral ressalta que, atualmente, o aplicativo “é praticamente o RG social das pessoas”.
“A gente não entrega mais cartão de visita, entregamos o @. É por lá que nascem conexões, acontecem negócios e se mede reputação.”
Na visão de Cabral, os marcos da evolução do Instagram na creator economy estão ligados à monetização e à inteligência de dados.
“O criador quer viver do que faz, não apenas viralizar. O Instagram entendeu isso e vem ampliando mecanismos de renda: bônus, collabs, conteúdos pagos e até programas de assinatura”, explica.
O lançamento dos Reels, a oferta de insights avançados e a incorporação de IA criativa também são avaliados por Victor como fatores que mantêm a relevância da plataforma mesmo em meio à ascensão de concorrentes.
Para os próximos anos, Cabral acredita que o desafio do Instagram será equilibrar algoritmos, monetização e propósito.
“O futuro está em modelos híbridos de receita, IA como copiloto criativo e em um social commerce em nova escala — onde cada vídeo é uma loja e cada criador, uma marca”, apontou.
Além disso, o especialista defende que a plataforma siga investindo em diversidade e credibilidade. “O público está mais seletivo, e o futuro pertence aos criadores com propósito e autenticidade — e às plataformas que priorizarem isso em seus algoritmos” finalizou.
Produtos voltados a anunciantes e agências
No último mês, a Meta anunciou novas soluções voltadas a anunciantes e agências, com foco em inteligência artificial e formatos culturais que aproximam marcas de conteúdos em alta.
Entre as novidades, destaca-se a ampliação dos Anúncios com Reels em alta, agora disponíveis a todos os anunciantes com representante da Meta.
O formato posiciona marcas junto aos vídeos mais populares do Instagram e, segundo testes, pode elevar em até 20% o reconhecimento espontâneo, desempenho semelhante ao YouTube Select e superior ao TikTok Pulse.
Casos como JCPenney, em parceria com a Dentsu, e SharkNinja já mostraram resultados expressivos de lembrança e alcance.
A empresa também apresentou as regras de valor, que permitem priorizar públicos mais relevantes e dobrar as conversões de alto valor, além de melhorias na otimização de páginas de destino, com redução média de 31% no custo por visualização.