Cuidados Pessoais: consumidores de supermercados são 40% mais influenciados por preço

Cuidados Pessoais: consumidores de supermercados são 40% mais influenciados por preço

Os consumidores de supermercados têm 40% mais chances de serem influenciados por preço e promoções na hora de escolher produtos de cuidados pessoais, segundo dados da Adlook

A pesquisa reforça que o contexto de consumo é um multiplicador de influência. Não se trata apenas de quem é o consumidor, mas do que ele está pensando ou consumindo no momento em que a mensagem chega. 

Por exemplo, quem compra em farmácias responde melhor a conteúdos ligados à ciência, literatura e saúde, enquanto o público online está mais presente em conteúdos de arte, tecnologia e estilo de vida.

A recomendação é alinhar motivação com canal de compra e contexto para obter a chave para criar estratégias relevantes em escala. Realizado com amostragem digital representativa das cinco regiões do país, o estudo apontou quatro grandes motivações na jornada de compra: preço, ingredientes e qualidade, recomendações e familiaridade com a marca.

A partir desses pilares, foram definidos quatro perfis comportamentais com potencial direto de ativação em campanhas: caçadores de descontos, investigadores de ingredientes, seguidores de recomendações e fiéis à marca. 

Esses arquétipos foram construídos a partir de cruzamentos entre dados demográficos, hábitos de navegação e canais de compra preferidos, como supermercados, farmácias, lojas de bairro e online. A proposta é oferecer um modelo mais preciso e acionável para marcas que querem se destacar em um mercado de alta competição e pouca margem para erros.

Caçadores de descontos – fortemente motivado por preço e ofertas com tempo limitado. Esses consumidores são mais facilmente encontrados em canais de massa, como supermercados, e respondem melhor a campanhas com apelos diretos de economia. Eles também são 53% mais propensos a clicar em anúncios quando estão navegando por sites de notícias, e 24% mais influenciados por promoções ao acessar a internet por computadores ou celulares.

O efeito do preço, no entanto, perde força com o avanço da idade: pessoas com mais de 55 anos são 30% menos propensas a considerar promoções como fator decisivo, dando mais peso à qualidade e confiança.

Investigadores de ingredientes – consumidores que priorizam fórmulas naturais, sustentabilidade e informações transparentes. São mais frequentes entre o público de 55 a 64 anos, com 57% mais propensão a valorizar esse tipo de conteúdo. Também se destacam entre leitores de temas ligados a leis e governo, sugerindo uma busca por ética e responsabilidade. Em contrapartida, consumidores do Sudeste se mostraram 23% menos interessados na composição dos produtos, o que indica uma menor sensibilidade a diferenciais como selos ecológicos ou ingredientes naturais na comunicação regional.

Seguidores de recomendações –  são movidos por prova social, avaliações e depoimentos de terceiros. Esse grupo está fortemente presente no ambiente digital e é 27% mais influenciado por recomendações durante a jornada de compra online. Pessoas com mais de 65 anos também se destacam nesse comportamento, com 35% mais propensão a confiar em indicações de amigos, familiares ou especialistas. 

Na região Norte do Brasil, essa tendência também se confirma. Por outro lado, mulheres tendem a confiar menos em recomendações, sendo 19% menos propensas a esse tipo de influência. Leitores de notícias e de conteúdos sobre moda também demonstram menor afinidade com sugestões alheias, preferindo tomar decisões baseadas em informações objetivas, apelos visuais ou autoexpressão.

Fiéis à marca  – se baseia na confiança em produtos já conhecidos. Essas pessoas tendem a comprar em farmácias ou online, respondendo melhor a campanhas que reforcem tradição, eficácia comprovada e consistência. Interessados em ciência são 45% mais propensos a optar por marcas familiares, e o mesmo comportamento se repete entre quem consome conteúdos de negócios ou localidades mundiais. 

Em contraste, jovens de 25 a 34 anos preferem inovação e autenticidade a legado de marca, sendo 34% menos influenciados por branding tradicional. O mesmo se aplica a quem consome conteúdo esportivo, que busca mais desempenho do que reputação

Fonte: Mundo do Marketing
Leia Também