Estudo mostra que 80% já compraram após recomendação de um influenciador
A autenticidade aparece como o principal fator de influência na hora da compra. Essa é a conclusão da 3ª edição do estudo ‘#Publi 2025: identificação e autenticidade na creator economy’, conduzido pelo IAB Brasil em parceria com a Offerwise e CREO. Mais do que alcance ou fama, a relevância dos influenciadores depende da autenticidade percebida pelo público.
Em casos positivos o resultado é notável. No total, 80% dos brasileiros já compraram algo a partir da recomendação de um influenciador, e a maioria relatou satisfação com a experiência. Além disso, 30% afirmam que os criadores têm forte impacto em suas decisões de compra.
Os formatos de publi que mais pesam na decisão de compra são avaliações detalhadas (37%), unboxings (37%) e depoimentos (37%), todos sustentados pela transparência.
Segundo Denise Porto Hruby, CEO do IAB Brasil, a pesquisa reflete a maturidade do setor. “A creator economy amadureceu e exige identificação. O consumidor não quer só ver produtos, mas sentir que existe uma relação real com o que está sendo comunicado”, afirma.
A pesquisa teve patrocínio da CREO, nova agência global de marketing de influência da Omnicom, e foi apresentada nesta terça-feira (9) durante o Adtech & Branding 2025. No painel sobre creator economy, a agência compartilhou aprendizados de projetos com marcas e criadores. Para Nina Kobayashi, diretora de marketing de influência da CREO, “as redes sociais se tornaram realidade nas ações de marca. Influenciadores são aliados valiosos de mídia, com infinitas possibilidades de formato e storytelling”.
O estudo ainda mostra que micro e médios influenciadores podem alcançar relevância próxima à de celebridades. Oito em cada dez entrevistados dizem confiar mais em publicidades quando o criador mostra detalhes reais do produto, inclusive defeitos.
Plataformas e gerações
Acompanhamento de influenciadores já faz parte da rotina: 9 em cada 10 brasileiros consomem conteúdos pelo menos duas vezes por semana, com os vídeos curtos como formato favorito.
As mulheres se destacam, já que 82% dizem ter comprado após uma publi, nove pontos acima dos homens. O levantamento também aponta que idade e renda influenciam o comportamento, pois pessoas de até 39 anos e com maior poder aquisitivo são as que mais declaram adquirir produtos a partir de recomendações.
Geração alpha
Pela primeira vez, a edição de 2025 traz um recorte sobre a geração alpha. Para esse público, entretenimento e diversão são os principais fatores de atração, enquanto a confiança ocupa papel secundário. As qualidades mais valorizadas são diversão, criatividade e engajamento.
Embora seja a geração que dedica mais tempo ao consumo de conteúdos de criadores, é também a que menos converte em compras. Apenas 68% já adquiriram algo por recomendação (contra 77% nas demais gerações), e só 10% reconhecem forte impacto dos influenciadores em suas decisões (a média é de 22%).
O estudo ouviu 1.500 pessoas em todo o Brasil entre maio e junho de 2025.