Orçamento estável e foco em vídeo: os rumos do social media em 2025

Orçamento estável e foco em vídeo: os rumos do social media em 2025

As marcas da América Latina e América do Norte reconhecem cada vez mais o peso das redes sociais em suas estratégias, mas enfrentam o dilema entre ambição e recursos limitados

Segundo o relatório State of Social Media 2025 – Americas, produzido pela Meltwater com mais de 400 profissionais da região, 77% acreditam que o social media terá papel mais relevante neste ano, embora quase metade (46,1%) mantenha o orçamento inalterado. Apenas 30,5% confirmaram aumento nos investimentos.

O estudo mostra que a maioria das empresas (51%) se encontra em estágio “intermediário” – já possuem estratégia, mas não contam com os recursos necessários para executá-la plenamente. Em contraste, agências e B2C apresentam programas mais avançados, enquanto o B2B ainda patina em maturidade digital.

A pesquisa destaca que aumentar a consciência de marca continua sendo o principal objetivo do uso das redes sociais, seguido por engajamento e conexão com clientes. Curiosamente, apenas 20% apontam tráfego para site como prioridade, evidenciando uma virada para estratégias social-first.

Vídeo domina, mas com barreiras

Entre os formatos de conteúdo, 80% dos profissionais priorizam vídeos, comprovando a força do audiovisual para gerar engajamento. Em segundo lugar estão os carrosséis (49%), disponíveis em Instagram e TikTok. A falta de recursos e “limitações de capacidade em vídeo”, no entanto, despontam como um dos maiores desafios enfrentados pelos times, junto à sobrecarga de tarefas e equipes enxutas.

O relatório também aponta mudanças no mapa das plataformas. O Instagram superou o Facebook como rede mais utilizada organicamente, enquanto TikTok e LinkedIn ganham relevância para investimento em 2025. Já o X (antigo Twitter) segue em queda, com 54% das empresas afirmando que reduzirão esforços na rede.

Outro dado relevante é o avanço do social listening: 55% das empresas já utilizam a prática, principalmente para monitorar reputação de marca (82%) e acompanhar awareness (53%). O uso de softwares especializados saltou para 78%, contra 44% em 2024, sinalizando maior profissionalização e confiança em dados para guiar decisões.

Publicidade paga: estável, mas central

No campo do paid social, o levantamento mostra que 82% das empresas já investem em anúncios nas redes sociais, consolidando o formato como peça essencial do mix de Marketing digital. Apesar dessa penetração massiva, os recursos destinados ainda são modestos: a maioria das companhias direciona uma fatia relativamente pequena do orçamento total de Marketing para mídia paga.

Em termos de percepção, 46% dos profissionais acreditam que o papel do paid social será mais importante em 2025, enquanto 37% veem estabilidade, o que significa um crescimento em relação a 2024, quando apenas 34% consideravam a prática igualmente relevante.

Um dado que chama atenção é a preferência por formatos mais simples: 87% das empresas optam por anúncios estáticos de imagem única, frente a 69% que exploram vídeos. Carrosséis, stories ads e formatos interativos aparecem em menor escala. Esse resultado reflete a realidade de equipes enxutas e restrições orçamentárias, que levam as marcas a priorizar peças mais rápidas e baratas de produzir.

Ainda assim, o relatório sugere que há espaço para diferenciação por meio de criativos em vídeo. Com o vídeo consolidado como prioridade no conteúdo orgânico, explorá-lo também em mídia paga pode representar uma vantagem competitiva, especialmente em redes como TikTok, YouTube e Instagram Reels, onde o formato é nativo e amplifica o alcance.

Fonte: Mundo do Marketing
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