Queda na TV por assinatura exige novas estratégias de mídia segmentada

Queda na TV por assinatura exige novas estratégias de mídia segmentada

A TV por assinatura continua sendo uma importante plataforma de consumo audiovisual no Brasil, mesmo diante do avanço acelerado das plataformas digitais de streaming

Um estudo recente realizado pela Serasa Experian, mostrou que 22,7 milhões de brasileiros mantêm afinidade com serviços de TV por assinatura, representando 12,1% da população analisada — uma base de 186,7 milhões de CPFs.

Apesar do número expressivo, a propensão ao serviço registrou uma retração de 8,4% em comparação com 2024, quando a audiência atingia 24,78 milhões de pessoas. Essa mudança reflete a transformação nos hábitos de consumo audiovisual, com uma tendência consolidada de uso híbrido, já que 56,8% dos consumidores de TV por assinatura também possuem afinidade por serviços de streaming e banda larga.

O estudo mostra que o público com maior propensão à TV por assinatura está concentrado majoritariamente na classe B, que corresponde a 63,9% dos consumidores dessa categoria. A classe C representa cerca de 20%, enquanto a classe A responde por 14,2%. Em relação a 2024, houve aumento da participação das classes A e B, ao passo que a classe C teve leve retração.

Do ponto de vista etário, o serviço é mais valorizado por adultos de meia-idade, especialmente entre 39 e 48 anos, faixa que se manteve estável com 26,7%. Os segmentos com idades entre 49 e 65 anos e acima de 65 anos também cresceram, passando de 21% para 24,5% e de 17,1% para 18,2%, respectivamente. Já as faixas mais jovens apresentaram queda, consolidando o movimento de migração dos jovens para plataformas digitais sob demanda.

Geograficamente, o Sudeste concentra a maior parte do público com propensão à TV por assinatura, liderado por São Paulo, que responde por 44% da base. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem em seguida, com 14,7% e 7,5%. Estados do Sul e Centro-Oeste, como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás, também apresentam participação relevante, enquanto as demais regiões ficam abaixo de 2%.

Fonte: Mundo do Marketing
Leia Também